27 de outubro de 2010

Um pouco sobre como eu sei amar

Não consegui entrar na sociedade pós-moderna de relações efêmeras. Nasci para amar. Mesmo sem querer, eu só sei amar. Queria eu ter a sorte de não acreditar no amor. Mas eu não consigo. Por isso sofro tanto.
Quando alguém conversa e diz que o namoro acabou e o outro responde que “já deu o que tinha que dar” me fere. Não sou assim. Sou dos que lutam. Se passam promessas de amor eterno na TV e alguém faz careta em descrença, isso me fere. Não sou assim. Sou dos que lutam.
Pessoas que se comportam assim não lutariam por um amor que acabou. Pelo contrário de mim, que luto mesmo antes que este acabe. Se eu fosse do tipo prático e não do tipo que ama, eu acabaria os namoros nas primeiras noites em que o desejo não aparecesse. Nas primeiras semanas sem saudades ou demonstrações de carinho. Mas não sou prático. Eu só sei amar.
Quando tentam me arrastar, eu vou sem resistência, jogo todas as minhas fichas quando eu amo, não tenho medo de naufragar. Afundo cantando. Afundo sorrindo. Afundo chorando.
A vida passa cada dia mais rápido. O tempo, traiçoeiro, não nos espera um suspiro sequer. E num futuro distante, olharei pra trás e poderei dizer que eu soube amar. E não me arrependo disso.

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