10 de fevereiro de 2015

Dos gardenais


Esses dias a camisa estampada que ganhei no natal me sufocou ao vestir. Eu que sempre fui ligado a simbolismos, aproveitei dos gardenais que me controlam para acreditar que era verdade os comentários sobre eu ter engordado durante a viagem. Estou preferindo colher as flores a plantar o ódio, e assim, entre gardênias e gardenais, vou mantendo minha calma e dormindo mais que o necessário.
Em cada dose de calmaria química, esqueço-me de lembrar de pôr uma colher a menos de açúcar no café muito doce que aprendi em casa, esqueço-me dos esquecimentos e esperas. Em nome da paz e calmaria dos jardins que pretendo cultivar, me mantenho aqui, entre gardênias e gardenais.

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