20 de janeiro de 2012

Serviço de Futilidade Pública


Notícias sérias e de utilidade pública. É com esse intuito que eu ligo a Tv, por volta do meio dia para assistir o tele-jornal local. Mas a vergonha alheia tomou conta de mim, quando, mais do que as barreiras técnicas, que são muitas, a equipe jornalística ultrapassou todos os limites de bom senso e alienação do público. Sem querer mencionar o péssimo gosto para o figurino da apresentadora, vou, então, descrever o que acabo de ver.
Esquecendo que o estúdio não tem a mínima condição acústica de receber instrumentos de percussão, como a bateria, o jornal decidiu apresentar uma banda que, segundo foi dito, “representa a cultura local, em um aquecimento do São João”. Uma banda de forró, que – momento para opinião própria, e sem nenhum embasamento científico – decaiu do forró pé-de-serra para um “forró estilizado”. Nada contra assumir que tal estilo, infelizmente, faz parte da nova geração de MPB (em outro post eu explico isso), mas a partir disso, num momento sério, em um horário de almoço, eu ser obrigado a ouvir um forró com letras pornográficas, e tendo que aceitar isso como pauta para um telejornal, que já tem diversas limitações, é um pouco demais, né?
Sem querer parecer o que não sou, não me cabe nenhum título de crítico musical, mas “beija no dedinho, peitinho, perninha, bundinha” não é nada do que qualquer pessoa espera ou quer ouvir em um telejornal  de tamanha importância local, como é o JPB.

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