23 de agosto de 2011

A realidade é doentia


A realidade é doentia. Ninguém suporta a febre, os delírios de dores da vida real. Daí se busca algo que te traga de volta à loucura. Esta sim é perfeita. Cores vibrantes e corações pulsantes. Pupilas dilatadas e o sentimento real do sangue correndo nas veias como a água de um rio que lava a terra seca depois de meses de seca insana.
Ah, a realidade é doentia. Insanidade pretérita de raras exceções de sentido. Essa é a vida real. Ninguém gosta da vida real. Um mundo sem edições, sem cortes e sentimentos efêmeros. Tudo demora a acontecer e o coração bate devagar. Pulsa de leve, quase parando. Gostamos é da velocidade. Da adrenalina. Do sentimento real de vida. Das tonteiras, das dores de cabeça e o chão à 30metros de nossa cabeça.
Deitamos. Encontramos conforto no azulejo frio do banheiro, enquanto nosso reflexo não encontra o espelho da pia. 
O mundo lá fora roda. Roda em seu ritmo normal e ninguém percebe. Aqui dentro o mundo gira. Pode sentir?
Eu posso.

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