19 de março de 2011

Você tem o amor

Seu corpo, assim como esse vinho barato, embriaga-me. A diferença é que seu corpo não é barato, nem precisa de álcool para me embriagar. Cada curva perfeita, cada pelo que arrepia quando te toco, cada grau do teu mamilo que enrijece na minha língua. A carne branca e macia que eu faço questão de segurar firma ao abrir tuas pernas é o que me embriaga.
E não há nada que valha mais do que isso. Nada faz-me arrepender de ter pagado nota a nota meu salário completo. Dentro do envelope, sem nem mesmo saber em que animais se dividem estes valores. Pago! E pago quantas vezes precisar para sentir seu perfume por cada ponto sensitivo de mim. Sentir teus beijos e acreditá-los serem só meus. E são. Esta noite. Esta hora serão meus. E de mais ninguém. Foi pra eles que trabalhei um mês inteiro.
Oh que belo lingerie! Em outro corpo não ficaria melhor. Quero tirá-la. Quero fazer de você o que eu puder. Quero realizar meus desejos, beber os mais raros licores, entrar no mais estranho país das maravilhas onde Alice alguma jamais foi. Quero cortar cabeças, soltar fumaças pelos ares, quero ser seu. Pupilas dilatadas de prazer. Unhas que me arranhas as costas e suor... O meu suor colado ao seu, seu batom vermelho sangue e seus olhos escondidos atrás de sombra escura.
Nua! Sob luz da lua, desta lua que nos esperou por 18 anos. Desta lua que apenas ilumina o que eu quero ver, o que eu quero sentir. Quero tocar teus seios miúdos. Vou tocar-te. Vou fazer-te mulher, minha mulher! E se depois disto você ainda resolver cobrar para que outro deite-se ao teu lado, mulher, nunca mais voltas a me ver. Mato-te! Pago-te para ser minha, sempre.

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