29 de maio de 2011

A flor e o jardineiro

Conta-se que toda relação é composta por uma flor e por um jardineiro. Mesmo que não seja todas, esse é o tipo mais comum das relações. O relacionamento que é composto por duas pessoas, geralmente tem uma que assume o papel da flor. Bela e mais insegura em relação a tudo, ela é frágil e precisa de cuidados para poder ser quem é. À outra pessoa, cabe então o papel de jardineiro. Obcecado pela flor que fez crescer, por tudo o que cultivou, ele faz questão de estar presente todos os dias no jardim para regá-la. Ele sabe o tempo certo de fazer alguma coisa, prepara a terra, compra fertilizantes... Ele é quem é o responsável por fazer todas as podas, ele é quem deve se desviar dos espinhos e manter a relação viva. 
Mas como é de se esperar, para a tristeza do jardineiro, que apesar de toda a sua experiência, ainda surpreende-se de maneira ruim, a flor sempre morre primeiro. Sua fragilidade faz com que ela murche caia no chão. Daí, quando o jardineiro vai na manhã seguinte para regar sua linda flor, ela não está mais lá esperando por ele. Deixou apenas algumas pétalas caídas no chão, um talo incompleto e uns espinhos que perfuram o jardineiro distraído com o que acaba de ver.
Mas como todo jardineiro que se preze, este continua a regar a planta, sem flores, só dores, só espinhos, na esperança de que outra flor nasça em seu lugar. E pode demorar algumas semanas, pode demorar até mais de um ano, mas sempre virão novas flores para serem regadas.

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